quinta-feira, 14 de junho de 2007

Democracia ou bagunça?


Maria Inês Dolci da Folha de São Paulo

Milhões de paulistanos estão sofrendo hoje, porque uma ínfima parte da população resolveu entrar em greve, em assembléia realizada ontem à noite. Os metroviários queriam um reajuste de 13,38%, embora a inflação anualizada esteja em torno de 3%. Como são ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT, é óbvia a motivação política. Leia-se, desgastar o governador José Serra, do PSDB.

O que a população tem a ver com essa sopa de letrinhas de partidos políticos? Nada. Mas é assim que as coisas funcionam (não funcionam), no Brasil. Agora, dizem que tudo voltará, aos poucos, ao normal, após reunião da categoria com o secretário estadual dos Transportes, José Luiz Portella.

Normal? A normalidade, hoje em dia, é o desrespeito absoluto aos direitos da maioria. Democracia não é sinônimo de bagunça.

Comentário do blog:
Foi uma irresponsabilidade! Todos os setores da vida paulistana foram afetados. Com a ausência do metrô, os carros que não circulariam na hora do rush voltaram às ruas com a liberação do rodizio. O trânsito de São Paulo que já é caótico virou um pesadelo.
A greve relâmpago e sem aviso pegou muita gente de surpresa. Quase perco a consulta médica marcada para as 11 horas de hoje. Dezenas de paciente vindos de varios municípios brasileiros, alguns em estado grave, sequer conseguiram chegar na clínica do hospital Albert Einstein. Vão ficar retidos em São Paulo a espera de um encaixe excepcional em outras agendas. Cirurgias tiveram que ser transferidas.

Como vive o filho de Gilvam

Maria Joana Ferreira Barros entrou com uma ação na 3ª Vara da Família pedindo revisão de pensão de alimentos. Dona Joana tem um filho de dez anos com o senador Gilvam Pinheiro Borges, que recebe do pai R$ 350 mensais, resultado de um acordo feito sem a presença dela, representada por um advogado.

O menino foi criado até os seis anos sem ser reconhecido, o que só aconteceu por decisão judicial depois do teste de DNA. Ele não tem qualquer relação com o senador, que “paga a pensão quando quer”, protesta a mãe. Segundo ela, passam meses sem que receba, até que “um dia ele resolve e paga”.

Dona Joana não sabe o que a lei determina mas entende que diante da fortuna que o senador Gilvam Borges possui – o Renan tem vacas o Gilvam tem emissoras de rádio e televisão - a pensão alimentícia do filho deveria ser proporcional aos ganhos do pai.
Maria Joana vive com o menino, pagando aluguel de R$ 250 por mês e se sustenta com serviços de limpeza em residências e escritórios. Mesmo com pai milionário, o filho do senador Gilvam Borges não tem uma casa onde morar.



Comentário do blog: Além dos filhos fora do casamento, os senadores Gilvan e Renan têm muitas coisas em comum: ambos são do PMDB, estão envolvidos em estorias cabulosas e escândalos de corrupção. Ambos são protegidos do senador José Sarney, que praticamente escreveu o discurso de defesa de Renan e deu um mandato de senador a Gilvan. O leite consumido pelos dois é polêmico, enquanto Renan diz ter super vacas, Gilvan tem as super tetas do Amapá pra mamar. E mama sozinho. O filho que vá mamar na casa da mãe Joana.

Escândalos de corrupção no Brasil

De Geisel a Lula

No governo Ernesto Geisel (1974-1979), 10 escândalos.

João Figueiredo (1979-1985): 11.

José Sarney (1985-1990), o recorde negativo: 6 escândalos.
Engraçado: na época, tinha-se a sensação de um por dia.

No governo Fernando Collor (1990-1992), as coisas começam a esquentar: 19 escândalos.

Governo Itamar Franco (1992-1994), para quem sente saudades dele, comparece com 31 escândalos.

Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), 44.

Lula (desde 2003), recordista absoluto: 101 escândalo ainda não incluindo a Operação Xeque-Mate.

sábado, 9 de junho de 2007

Ótimos na foto


Definitivamente o ex-senador João Alberto Capiberibe e a deputada Janete Capiberibe, ambos do PSB do Amapá, estão em alta.
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Três projetos implantados por Capiberibe quando era governador do Amapá são destaques na mídia nacional e internacional.


Gastos públicos transparentes

O projeto Transparência colocou todas as contas do governo do Amapá na Internet para quem quiser acessar e conferir os gastos do dinheiro público.
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João Capiberibe apresentou o projeto no Senado colocando as contas de todos os órgão públicos do país na rede de computadores. O projeto foi aprovado pela Casa.

Agora foi apresentado na Câmara pela deputada Janete Capiberibe (PSB AP) e virou bandeira de luta da Frente Parlamentar de Combate à corrupção.

O Projeto de Lei complementar que institui a transparência nas contas públicas e o controle social do orçamento público foi escolhido como tema prioritário pela para ser debatido em sessão de comissão geral da Câmara dos deputados.

O assunto foi destaque em todos os telejornais, na imprensa nacional e internacional e nos sites do mundo inteiro.

O projeto do casal Capiberibe foi debatido pelos programas Entre Aspas e Espaço Aberto da Globo News.


Navegar é preciso

Os 10 anos de surf na pororoca é o destaque do programa Zona de Impacto do canal Sportv. A alta tecnologia de comunicação e informação do Projeto Navegar permitiu o envio de informações e imagens em tempo real direto do rio Araguari, no Amapá, onde o surfista Sérginho Laus tentou quebrar seu próprio recorde de permanência em cima da onda.

O
Projeto Navegar foi criado no Governo de João Capiberibe para levar os recursos da informática às populações ribeirinhas do Amapá.

O projeto foi extinto pelo atual governo, mas retornou com força total, agora como uma OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, com o apoio dos Ministérios da Cultura e das Comunicações.

Hoje, o Navegar Amazônia desenvolve atividades que visam identificar, fazer prospecção, divulgação e documentação da cultura de comunidades ribeirinhas da região amazônica.

O Navegar promove oficinas de iniciação em informática, fotografia, edição de vídeo , filmagem e música às comunidades amazônicas.
No governo de Capiberibe os projetos Transparência e Navegar foram gerenciados por José Roberto Lacerda que hoje é o coordenador geral do Navegar Amazônia.
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Castanha Sustentável

O governo Capiberibe investiu no apoio às cooperativas, como a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (Comaru), Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas de Laranjal do Jari (Comaja) e Cooperativa dos Produtores de Castanha do Alto Cajari (Cooperalca).

Uma fábrica de biscoitos de castanha-do-Brasil (ou castanha-do-pará), com capacidade para produzir 24 toneladas por mês, passou a funcionar em plena floresta amazônica, no Amapá, sob a administração das próprias cooperativas de castanheiros da região. Construída na Reserva Extrativista do Rio Iratapuru, localizada no município de Laranjal do Jarí.

Até então, os castanheiros trabalhavam na base do escambo, trocando a coleta de castanha por produtos como sal, açúcar, café e óleo.

O primeiro passo foi o Estado passar a comprar a castanha in natura, para ser utilizada na merenda escolar da rede pública. Processado nas cooperativas, o produto vira cremes, mingaus e biscoitos destinados à merenda. Foi o apogeu dos castanheiros do Amapá.

No governo atual, um incêndio criminoso quase destrói todo esse trabalho, mas os castanheiros conseguiram superar o problema.
Este projeto bem sucedido de Capiberibe foi o destaque no programa Globo Reporter desta sexta feira.

Veja
aqui a reportagem completa.

Verbetes que reverberam

Pressão é a pressa quando chega às artérias.
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Insônia é a insolvência da sonolência.
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Fadiga é o cansaço que se profissionalizou.
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Ansiedade é uma ânsia que ficou anciã.
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Estresse é o up-grade do nervosismo.
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Somatização é o total das não-amortizações.
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Angústia é a gastrite do pensamento.
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Etc.


Fraga

No reino do faz de contas...

Que Elizabeth que nada, o nome da rainha da Inglaterra é Rosália Figueira, a médica que aparece no Diário Oficial como secretária de Saúde do Amapá.


Ela afirmou que iria acabar com a bandalheira nas licitações da SESA, mas no novo certame para o fornecimento de medicamentos ao governo do estado, a maioria das empresas vencedoras é a mesma que está envolvida nas denuncias de corrupção da Operação Antídoto da Policia Federal, só que com outros nomes. A Equinócio, que vai assinar um contrato de dois milhões é o apelido da Globo Distribuidora, uma das envolvidas no desvio de dinheiro público.
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Quem manda mesmo na Secretaria da Saúde é o senador Gilvan Borges (PMDB AP), através dos apadrinhados que nomeou para os cargos chaves. E vai mandar mais ainda: acabou de conseguir a nomeação de mais um afilhado para a superitendência da Fundação Nacional de Saúde, Funasa, no Amapá.
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Gilvan está anunciando a liberação de 30 milhões do Ministério da Saúde para serem aplicados na área de saúde de todo o estado. Se prevalecer o que tem acorrido no atual governo, esses recursos vão melhorar ainda mais a saúde financeira da quadrilha que se instalou no poder do Amapá. Já a saúde da população continuará na mesma.
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Deputados denunciam "abafa" na CPI da Navalha

Os deputados Augusto Carvalho (PPS-DF) e Júlio Delgado (PSB-MG) divulgaram uma lista, dividida por estados, dos deputados que não assinaram o requerimento de instalação da CPI da Navalha.

No comunicado à imprensa, Augusto e Delgado justificam que a medida foi proposta porque o governo colocou em campo uma "operação abafa", tentando convencer deputados a retirar a assinatura."

Veja uma parte a lista dos deputados que ainda não assinaram o pedido de investigação:

Amapá
EVANDRO MILHOMEN (PCdoB)
SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT)
FÁTIMA PELAES (PMDB)
JURANDIL JUAREZ (PMDB)
LUCENIRA PIMENTEL (PR)
DALVA FIGUEIREDO (PT)

Pará
ASDRUBAL BENTES (PMDB)
BEL MESQUITA (PMDB)
ELCIONE BARBALHO (PMDB)
JADER BARBALHO (PMDB)
WLADIMIR COSTA (PMDB)
ZEQUINHA MARINHO (PMDB)
GERSON PERES (PP)
LÚCIO VALE (PR)
BETO FARO (PT)
PAULO ROCHA (PT)
ZÉ GERALDO (PT)

Os famosos
OLAVO CALHEIROS (PMDB), irmão de Renan Calheiros
AUGUSTO FARIAS (PTB), irmão de PC Farias
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM)
CIRO GOMES (PSB)
RITA CAMATA (PMDB)
SARNEY FILHO (PV)
INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR)
MIRO TEIXEIRA (PDT)
ALDO REBELO (PCdoB)
MICHEL TEMER (PMDB)
CELSO RUSSOMANNO (PP)
PAULO MALUF (PP)
ANTONIO PALOCCI (PT)
ARLINDO CHINAGLIA (PT)
JOÃO PAULO CUNHA (PT)
JOSÉ GENOÍNO (PT)
JOSÉ MENTOR (PT)
RICARDO BERZOINI (PT)
VICENTINHO (PT)
FRANK AGUIAR (PTB)

Veja a lista completa.

Nota do blog:
Os senadores José Sarney e Gilvan Borges do PMDB do Amapá também não assinaram a lista da CPI no Senado.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Pablo Neruda

Podrán cortar todas las flores, pero no podrán detener la primavera!

Poeta chileno, nascido com o nome de Neftalí Reyes Basoalto.

Do blog da Cris Moreno

Dia da liberdade de imprensar

Ontem também se comemorou o DIA DA LIBERDADE DE IMPRENSA. Assim mesmo, em caixa-alta, para lembrar com destaque que não existe imprensa sem liberdade, nem liberdade sem imprensa, ao contrário do que pensam "aloprados" de ontem, hoje e sempre - para quem a imprensa está condicionada ao apoio a partidos, governos e "missões" (no Brasil, esses partidos formam a estrambótica "base aliada").

Jornalistas de fato devem desconhecer esse perigoso trio. Quando capitulam a ele, perdem seu tesouro mais precioso: a liberdade.
Jornalistas de fato só devem obedecer à lógica ou à falta de lógica dos fatos - o que dobra o desafio de informar.
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A imprensa está acima de governos, partidos ou "missões". Só se submete a seus leitores, a quem deve apresentar fatos apurados com rigor e lógica na informação. Quebre-se a lógica desse elo e lá se vão a liberdade dos fatos e a liberdade da imprensa.

Fatos são incontornáveis, ainda que para os "aloprados" de hoje, como Fidel Castro e Hugo Chávez (lembrando apenas ditadores do continente, e assim mais próximos fisicamente de nós), eles possam ser subvertidos pela lógica do partido, do governo ou da "missão".

Não somos santos nem beatos, incumbidos de "purificar" os tempos para transformá-los. Não erigimos uma igreja, um clube ou templo porque não temos "missão". Dessa se encarregam os governos e os partidos. Ou os ditadores, ou os adeptos da imprensa oficial, das TVs "oficiais", das verbas oficiais. É o caminho mais fácil, mas jornalistas de fato perseguirão a lógica de que governos e partidos passam, ainda que procurem a "missão" de se perpetuar no poder, imprensando a imprensa para quebrar o elo com os leitores.
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Enquanto a imprensa precisar de um dia para comemorar sua liberdade, ela estará sujeita à extinção todos os dias.
Cláudio Humberto

Liberdade de imprensar

By Peter Walter